terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sempre ao seu lado




Desde que "Sempre ao seu lado" foi anunciado, eu queria assistir. Mas, aí várias pessoas começaram a me dizer que o filme era muito triste e baseada em minha experiência com "Marley e eu" achei que talvez fosse melhor deixar para algum dia que eu não me desesperasse tanto com a morte de um cachorro.
Deixa eu explicar, ao contrário de muita gente, eu já tinha um labrador fêmea, bem antes do filme ser lançado, ou seja, quando Marley morreu, eu já adiantei a experiência que terei com minha cachorra, então chorei de soluçar no cinema. Meu marido, que ainda era noivo na época, teve que me acalmar durante alguns minutos após o filme para eu poder sair do cinema.
Então, quando me disseram o que todo mundo já sabe antes mesmo de assistir o filme: "O cachorro morre no final". Teve alguns que ainda incluíram: "É mais triste que o Marley", achei que realmente eu não estava preparada.
Mas, acredito que filmes e livros tem algo cósmico com as pessoas. Existe um momento em suas vidas que mesmo que você não esteja pensando em um filme ou em um livro, ele virá te procurar para que você entenda qual é a razão dele para você.
Isso já aconteceu algumas vezes comigo, poucas, mas genuínas. E com este filme, foi o mesmo.
Há duas semanas atrás falei para meu marido que achava que era hora de eu assistir este filme. Ele foi categórico dizendo que eu assistiria sozinha. QUE APOIO, NÃO? Pensei em baixar pela internet, mas como estava próximo do Natal estava correndo com panetones.
Em um domingo fomos na minha mãe e chegamos no começo de um filme que todos estavam unidos na sala para assistir. Adivinhem que filme era?
Pois é! Eu não o procurei, mas ele me achou! Mas, não foi este o dia em que eu entendi a razão daquele filme para mim. Meu marido, quis ir embora antes de acabar, então eu só assisti até metade.
Baixei ontem pela net (PIRATARIA É CRIME!!!!), e assisti a parte que faltava. Depois de 1h28min de filme, dei um longo suspiro e acreditem nenhuma lágrima rolou. Não foi por falta de vontade. Algumas vezes, eu até sentia vontade de chorar... Mas, não era esse sentimento que era para eu sentir.
Não sei se já estava escaldada por causa de tantos avisos. Ou porque este é mais sutil que "Marley", ou até porque já havia dado vexame em "Marley". Mas, o que senti não foi tristeza, foi simplesmente um conhecimento de causa.
Não sei se estou sendo clara: Sabe quando a gente se apaixona, e depois quando a gente ama? O amor, é mais calmo, mais sábio, menos tórrido. Foi isso, que eu senti. Eu consegui compreender a lealdade entre o cão e seu dono, o quanto era especial aquela relação e como o cãozinho Hachi não poderia apenas mudar de dono. Seria irracional. Seria negar todo o sentimento e o amor que nós acreditamos que nossos cães tem por nós.
Quando vi que Hachi morreu só consegui pensar em uma coisa: "Todos os cães merecem o céu" e eu espero que Hachi o tenha encontrado e de preferência com seu dono tão querido o esperando.
Eu entendo o que o diretor quis colocar, imagino que minha vida sem minha cachorra, nunca será a mesma. Da mesma forma que acredito de coração que se eu me for primeiro, a dela também não será.
É um elo muito forte. E eu não acredito que o diretor quis fazer sentimentalismo para as pessoas chorarem. Na verdade, eu senti o oposto, ele queria celebrar o valor de uma relação baseada na lealdade e no amor incondicional. E para mim, ele conseguiu isso sem dúvidas.
É incrível saber que existiu mesmo uma relação assim. Isso só prova que é capaz de voltar a acontecer em qualquer circunstâncias. Na verdade, eu acredito que já aconteça. Olhe algum carrinheiro, você sempre verá um cachorro do lado. Ele provavelmente passa fome, frio, sede ao lado do seu dono. Mas, nunca o deixa sozinho.
Eu tenho para mim que os cachorros, sentem quando uma pessoa é solitária e se apegam mais a esta pessoa, como se fosse a terapia do abraço, sabe?

Eu te amo, Nina!!!!




Agora, deu vontade de chorar...

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