Unthinkable

Samuel L. Jackson e Carrie-Anne Moss protagonizam este thriller de suspense que não permite que o telespectador tire os olhos da tv.
Este filme foi direto para DVD, o que eu acho um absurdo, apesar que as cenas bem pesadas de tortura justificam esta atitude.
Samuel é "H" um torturador protegido pelo governo americano (onde nem CIA, nem FBI podem tocá-lo) que é escolhido a dedo para literalmente arrancar uma confissão de um terrorista que alega ter plantado 3 bombas nucleares em território americano. E ele tenta de todas as formas.
Ann Moss é a investigadora do FBI politicamente correta que abomina os métodos de H para conseguir a confissão.
Durante todo o tempo não conseguimos saber se H é louco, ou se tem total controle do que está fazendo. Muitas vezes acreditamos piamente que ele realmente enlouqueceu e não sabe mais o que está fazendo.
O "Unthinkable" do título se dá no final do filme, quando H toma uma atitude que realmente pouquíssimas pessoas poderiam imaginar colocá-la em prática.
Quando o filme acaba você ainda se pergunta: "Será que ele faria mesmo ou só estava tentando arrancar a informação?"
O interessante é que em nenhum momento o enredo tenta passar a impressão de americanos herois, pelo contrário, mostra a podridão do governo que vai contra aquilo que prega no momento em que necessita. Bem ao estilo Maquiavel: "Os fins justificam os meios"
Além do que, a falta de coragem de dar uma ordem e mantê-la forma um final inesperado que poucos poderão prever e que só "H sacou.
O filme realmente é 10. Mas, se fosse para o cinema teria que ter classificação de 30 anos, nem de 18.