segunda-feira, 10 de maio de 2010

Invictus e O Último Rei da Escócia




Estamos com uma tendência de assistir filmes que parecem entre si, mas ao mesmo tempo são muito diferentes. Estes dois, não fogem a regra.
Os dois se passam na África: o primeiro na África do Sul e o segundo em Uganda, os dois falam de histórias reais e os dois falam de presidentes que assumiram e transformaram de alguma forma seu país. Pronto! As semelhanças param por aí.
A diferença entre Nelson Mandela, presidente da África do Sul nos anos de 1994 a 1999 e Idi Amin, presidente de Uganda de 1971 a 1979 é gritante.
Nelson Mandela foi o símbolo da liberdade, humanidade e perdão entre brancos e negros na África do Sul.
Como a fala do personagem de Matt Damon descreve: "É o homem que ficou preso em uma cela durante 30 anos e saí de lá pronto para perdoar quem o colocou nela."
Ele ensinou seu povo a amar aquele que o magoou, a dar a outra face, apesar de tanto sofrimento que haviam inflingido aos negros. Ele ensinou que a cor da pele não difere ninguém, o tornando melhor ou pior.
Com a copa do mundo de rugbi como pano de fundo, Invictus, dá seu recado de que uma país, só é uma país se toda a sua população luta unida e acredita em um mesmo ideal. Sem isso, somos apenas tribos guerreando por comida em um mundo cheio de egoísmo.
O filme nos permite saber mais sobre esta figura tão importante em nosso século, interpretado por Morgan Freeman, MAGNÍFICO, (semelhança incrível) e conhecer outro líder que em sua pequena comunidade de rugbi também plantou a semente do perdão e da caridade como capitão do time da África do Sul, Francois Pienaar. Matt Damon está ótimo, apesar do sotaque ser um tanto estranho para meus ouvidos...
Clint... é maravilhoso! Clint Eastwood, sempre maravilhoso como ator, diretor... De qualquer forma, o cara se supera sempre. Ele mostra a ótica tocante deste evento histórico, que me parece que só ele pode dar. Como o fez em Gran Torino. Ele é brilhante!

"Unam-se! Mobilizem-se! Lutem! Entre a bigorna que é a ação da massa unida e o martelo que é a luta armada devemos esmagar o apartheid!" - Nelson Mandela

Com uma vertente que não poderia ser mais contrária à Mandela, Idi Amin, era um tirano que após um golpe de estado, virou presidente de Uganda e que em seu mandato matou mais de 300.000 cidadãos de seu país. Seu mandato, muito bem representado em " O último rei da Escócia" mostra a loucura, megalomania deste ditador que fez Uganda ser o centro das atenções do mundo, aguardando novas atrocidades a serem cometidas. Após 8 anos de tirania, foi tirado do governo e exilado na Arábia Saudita, Forest Whitaker, retrata com maestria as várias faces deste déspota africano. E James McAvoy, nos faz acreditar em seu personagem, o fictício médico pessoal de Idi Amin, Nicholas Garrigan (eu pelo o menos torci para que ele se livrasse das garras daquele maldito tirano). Já Gillian Anderson, isso mesmo a agente Dana Scully, só faz número e não mostra ao que veio.
Para este filme é necessário um bom estômago, pois tem direito a uma mostra de todas as necessidades de um ser humanos bem expostas, além de sangue, corpos mutilados entre outros dignos de Jogos Mortais. De leve, este filme não tem nada. Mas, é muito bom.




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